domingo, 23 de agosto de 2009

Tratamento VIP a bordo




Não posso deixar de registrar aqui uma justa homenagem a um amigo querido (http://lixomania.zip.net/), comissário de bordo com quem tive o prazer de voar na volta de Salvador.

Respeitando nossos princípios éticos de resguardar nossa privacidade, ainda que dedicados a compartilhar parte de nossas vidas via blog, vou aqui chamá-lo de "Príncipe Germânico" (como o próprio costuma se intitular, e na minha humilde e particular visão de amiga coruja, com toda a razão) e representá-lo por meio desse simpático avatar do South Park (do qual o mesmo é fã, e portanto, é mais uma forma de homenageá-lo).

Nenhum de nós estava preparado psicologicamente para esse encontro!!!

Acompanhei a trajetória do Príncipe Germânico desde que nos conhecemos no hospital quando meu marido (então meu namorado), teve sua primeira trombose deixando família e amigos de cabelo em pé! Tínhamos então poucos meses de namoro e foi no hospital que tive o primeiro contato com a família e com os amigos dele.


O Príncipe Germânico tinha então uma cara de molequinho (e por mais que ele se recuse a acreditar, ela amadureceu sim ao longo de 9 anos....) e deve ter achado muito estranho encontrar aquela garota com cara de brava e preocupada que já se achava "dona" do seu amigo (muitos anos depois ele descobriu que isso viria a ser sim uma "meia" verdade... hahaha) plantada no quarto da UTI.


Fui uma das pessoas a ter a honra de assistir ao seu trabalho de conclusão de curso na ESPM (representando meu digníssimo que nessa época encontrava-se trabalhando em um projeto em Brasília).


Acompanhei sua entrada no mundo corporativo e sua rápida saída. Sua entrada na escola do Circo, como durante um tempo ele se referiu a sua preparação para entrar no mundo dos "aeromoços" (perdão, Príncipe, mas eu tinha que usar essa expressão pelo menos uma vez nesse post!), sua formação e sua entrada nesse mercado de trabalho.


Assim que retomei minha vida de viagens a trabalho, cruzamos nosso cronograma para levantar as chances probabilísticas de nos encontrarmos e para minha decepção, nossas agendas simplesmente não combinavam.

Essa foi a razão de tamanho despreparo psicológico para tão inusitado encontro.


Minha primeira reação foi a de cair na gargalhada, mas quando reparei que a muito custo o Príncipe Germânico tentava manter pelo menos parte de sua dignidade a bordo, engoli a histeria e fui sentar no meu lugar para em seguida disparar um SMS para todos os nossos amigos, dizendo que lá estava eu, vendo o Príncipe de uniforme!


Liguei para o meu marido, falando o mais baixinho possível no telefone, já que ele ainda me olhava de rabo de olho e segurava a risada também.

Passado o primeiro momento de profunda emoção, o Príncipe Germânico retomou sua pose muito educada e de bom moço - coxinha - assexuado, como ele mesmo costuma dizer.

Manteve durante todo o vôo extremo profissionalismo, inclusive quando checava se eu estava com os cintos afivelados, aparelhos eletrônicos desligados e poltrona na posição vertical. Foi ele também que "burlando" as regras, entregou o lanchinho que tomei durante o vôo.

Uma vez que pousamos, esperei pacientemente que todos saíssem, e foi só então que pudemos rir descontraimente sobre o ocorrido. Tiramos fotos documentando para a posteridade o nosso encontro e ainda nos encontramos do lado de fora, onde ficamos batendo papo até que o Príncipe Germânico fosse embora no seu cavalo branc.... ops, quer dizer, no ônibus exclusivo para a tripulação. Hahahaha....

Príncipe, hoje cumpri o prometido e após penar novamente para navegar no site da sua companhia e encontrar escondidinho lá no fundo o link para mensagens, enviei elogios rasgados para sua simpatia e profissionalismo no atendimento aos clientes.

Tratamento VIP total!!!!!

Beijos e até a próxima :)

Rubens Barrichello... após 5 anos, finalmente!!!











O cara merece crédito! Afinal de contas não é qualquer um que chega na Fórmula 1 e permanece por tantos anos.

Imagem memorável a emoção demonstrada por Rubinho ao subir no pódio hoje.

Parabéns Rubinho!!!

E aproveitando, não podemos deixar de mencionar também as meninas do vôlei. Apesar de um pouco dispersas e de uma partida meio instável, aí está o Octacampeonato:








Onde recebi dicas para o melhor pão de queijo do mundo...

Olhe por que bandas fui parar. Após duas semanas de muito sol e calor em Salvador, foi a vez de enfrentar o frio quase glacial de Barbacena.

Para chegar em Barbacena foi necessário pegar um vôo para Confins e depois mais três horas de carro até chegar no hotel Master Plaza (http://www.masterplaza.com.br/) onde fiquei hospedada.

Quarto espaçoso, cama minúscula!!!! O medo de cair da cama era tal que aproveitando o frio que fazia eu dormia com um travesseiro na barriga e um nas cosas igual se faz com bebezinho. O que mais gostei no hotel foi o armário, era simples, mas muito bem bolado dando a sensação de ser um mini-closet. O ponto alto foi gastronômico mais uma vez: um steak com crosta de castanha ao molho roti, acompanhado de baked potato com recheio de palmito e gratinada com queijo. Tão bom que comi duas vezes na semana.

A usina em Barbacena fica a vinte minutos de táxi do hotel. Segue o mesmo padrão de comunicação visual. Mas havia entre a portaria e a sala de treinamento uma inusitada estação de tratamento de esgoto e uma ladeira enorme. Tinha que subir segurando o fôlego, pois uma inspirada mais profunda trazia o cheiro estonteante da estação... Haja fôlego!

A simpatia do mineiro sempre me espanta. Cada intervalo no treinamento era como se sentássemos todos na varanda de uma casa de fazenda prá tomar um cafezinho e bater uma prosa. Segundo meu aluno seu Antonio, prá fazer um bom pão de queijo é necessário escaldar o polvilho com o óleo, se não tiver um legítimo meia cura, você pode comprar um queijo minas e você mesmo curá-lo, tendo o cuidado de ir limpando para não deixar desenvolver fungo (prá minha decepção meu marido já conhecia todas essas dicas... Risos).

Por último a dica mais quente: usar queijo da Serra da Canastra.

No primeiro dia tivemos uma queda de energia que durou 14 horas (bem na hora em que eu finalizava o treinamento e os alunos começavam a fazer a avaliação final). Isso resultou num sistema muito lento no dia seguinte que quase fez um dos meus alunos desistir do curso. Mas entre mortos e feridos, salvaram-se todos.

Ao longo da semana tivemos más surpresas com a demissão de algumas pessoas, entre elas, do instrutor da Vale que deveria me acompanhar e depois seguir como multiplicador!!

Para finalizar a experiência mineira, o último dia de treinamento se deu em pleno feriado de aniversário da cidade! Mesmo assim todos os alunos compareceram. Foi a turma mais "sênior" que tive, então foi necessário driblar uma certa dificuldade para realizar os exercícios, dispersão pois eles adoram conversar e contar piadas, mas ao mesmo tempo se ajudam o tempo todo, já que um já não enxerga a tela direito, outro não ouve, o outro perde a explicação, mas todos chegam ao final do exercício e no final abraçam e beijam a professora agradecendo a aula.

Na hora de ir embora, esqueceram de antecipar o carro e o meu vôo. No final deu tudo certo, e o melhor de tudo, é que no meio do caminho para o aeroporto em um entreposto de beira de estrada eu pude comprar o queijo da Serra da Canastra! Uai....

No tabuleiro da baiana tem...

Muito calor. Assim que desci do avião em Salvador, a primeira coisa que senti foi muito calor, principalmente logo após ter deixado São Paulo em pleno inverno.

Um hotel maravilhoso chamado Sofitel (http://www.accorhotels.com/pt/hotel-1124-sofitel-salvador/index.shtml) em plena praia de Itapuã (desnecessário dizer que só vi o mar de Itapuã da varanda do meu quarto, mas estão aí as fotos prá comprovar. A cama é o sonho de toda baixinha folgada e espaçosa como eu e taí a foto que não me deixa mentir. Quarto de bom gosto. Chuveiro de balde prá ninguém botar defeito.




O melhor kit mulherzinha (shampoo, condicionador e sabonete líquido) que já encontrei num hotel complementado por uma caixinha de surpresas:
  • Algodão
  • Cotonete
  • Touca de banho
  • Camisinha
  • Kit de costura


O jantar também não deixou nada a dever. Continuando as experiências gastronômicas tivemos um ravioli recheado de brie e damasco ao molho de ervas.

E no café da manhã? Um mimo vc usar uma tigelinha de cerâmica para pegar a geléia que vc quer:











Tem a usina da Vale em Simões Filho (motivo da minha viagem) a R$ 80,00 cada corrida (haja per diem). Mas também tem gente simpática, miquinhos extremamente atrevidos, uma boa infra-estrutura e uma RH que esquecia todos os dias que precisávamos almoçar. Na segunda semana, tive a oportunidade de caminhar por toda ela, conhecendo as etapas do processo e ainda trouxe de "brinde" prá casa, um exemplar de cada etapa do processo: liga, escória, sinter... Vários palavras novas que aprendi nessa nova aventura).



Um hotel chamado Vila Galé (http://www.vilagale.com.br/pages/hoteis/?hotel=16) pertencente a uma rede portuguesa. Muita propaganda prá pouco hotel. Mas a cama de solteiro continuou obedecendo aos padrões exigentes de uma baixinha folgada. Nessa semana fez frio em Salvador, o que me levou a descobrir o que é o conceito de edredom para um baiano (uma colcha de cama que mal tinha um centímetro de espessura, mas quebrou o galho).

(vista da janela do quarto no Vila Galé)









Um taxista extremamente simpático que me deu um city tour de cortesia. Dessa forma pude conhecer, ainda que brevemente o Mercado Modelo, o Pelourinho e nele o Convento de São Francisco. Passei ainda pelo Cristo e pelo Farol da Barra (Nosso Senhor do Bonfim ficou para o gostinho de quero mais que me fará voltar com mais tempo a Salvador).

(Da esquerda prá direita: o Farol da Barra, o Elevador Lacerda e muito de longe, o Cristo de Salvador)

Tem o Bargaço original (http://www.restaurantebargaco.com.br/index.html) onde comi a segunda melhor casquinha de siri da minha vida (a primeira é a da minha sogra) e um bobó de camarão maravilhoso.

Tem minha prima querida, seu marido genial e suas duas crianças maravilhosas.

Tem o MAM de Salvador, ao qual fui introduzida pela minha prima. Um alento ver pôr de sol tão esplêndido, na beira do mar, tomando um suco geladíssimo de abacaxi com hortelã, acompanhado de um quiche de alho poró com queijo gouda antes de retornar a São Paulo (aos sábados no final da tarde ainda tem uma Banda de Jazz para quem dispensa o contato com o axé e aprecia uma boa música).



Só faltou mesmo provar o melhor acarajé de Salvador que segundo meus primos queridos é o da Dinha. Vai ficar para o gostinho de quero mais junto com o Bonfim.

Axé prá todos vocês!

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Winter Gadgets

Amei!!!

Para quem como eu odeia passar frio e no inverno sofre com mãos, pés, ouvidos gelados, veja essa seleção de gadgets de inverno que saiu no UOL (amei a capa de moranguinho, continuo na minha fase mulherzinha...).


http://tecnologia.uol.com.br/album/20090730_gadgets-inverno_album.jhtm?abrefoto=1#fotoNav=1


(figura poeticamente chupinhada do blog da sis.... http://www.mulher-solteira.blogspot.com/)




domingo, 26 de julho de 2009

O Rio de Janeiro continua lindo...

Essa semana meu trabalho me levou ao Rio. Há tempos não tinha chance de ir para lá.

Aí sempre tem um engraçadinho que fala: "Ah! Moleza, vai pegar praia, fazer happy hour, trabalhar que é bom..."

Quem dera fosse assim. Prá começo de conversa, a preguiça de arrumar a mala foi monumental, afinal de contas faz apenas 6 meses que acabou a ponte aérea SP - BH que fiz durante ano e meio. Mas a prática de arrumar as coisas rápida e metodicamente eu não perdi. Então 19h de domingo ela já estava assim, pronta para ser fechada (não, eu não precisei sentar em cima prá fechar...).

O primeiro dia de Rio de Janeiro foi um tanto quanto decepcionante. Ele começou com uma "senhoura" derrubando sua mala em cima do meu pé (não, não é do mesmo lado do joelho inflamado!!) quando eu tentava colocar minha mochila no bagageiro do avião. Uma vez acomodada e pronta para ler o livro que ganhei do meu marido... dormi e perdi o café da manhã do avião que vem dentro de uma lancheirinha igual ao do McLanche Feliz, com iogurte e tudo!!!!!!!! (nem deu prá tirar foto e mostrar).

Acordei já no Rio debaixo de chuva e frio... e o Rio não é o Rio debaixo de chuva e frio. Ironia máxima é pegar o táxi para ir até o cliente que fica a dez minutos a pé do aeroporto Santos Dumont, mas é que com mala fica meio difícil.

No segundo dia, finalmente tivemos uma amostra de que o Rio de Janeiro continua lindo.... Essa é a vista do caminho do hotel para o centro do Rio pela orla:


Fico devendo uma foto da vista que tínhamos da sala de onde trabalhávamos, vou tentar conseguir com algum colega que tenha tirado.

Agora vamos ao ponto alto da viagem: Gastronomia (como não podia deixar de ser).


O hotel que ficamos nem era dos melhores comparado com outros em que já estive (http://www.goldentulipipanemaplaza.com/). Tivemos alguns probleminhas, mas isso é assunto prá outro post. O ponto alto do hotel ficou por conta do restaurante Opium (http://www.ipanemaplaza.com.br/pt-br/restaurante-opium) que serve comida asiática contemporânea, e fez a festa dos nossos olhos, nariz e estômago.



Da primeira vez, em uma turma de oito, experimentei um petisco, uma entrada e um prato:

Shitake ao molho de gergelim e shoyu:











Ghioza de pato (confit de canard) ao molho de shoyu e laranja:








Frango Indiano (frango ao curry, arroz de açafrão, com pedaços de banana da terra, damasco, castanha e nozes):











Comi esse o Frango Indiano chorando de emoção... e por causa do curry!! Mas o sabor era tão maravilho que mesmo com a língua pegando fogo, eu não conseguia parar de comer. Lá pelas tantas, comecei a intercalar com uns goles de coca-light, mas não consegui chegar até o fim... risos).

No dia seguinte, após me sentir abandonada pelo grupo que resolveu tomar sopinha no quarto, já havia pedido um hamburguer de jantar de tanto desgosto quando minha grande companheira de aventuras me liga sugerindo que comêssemos novamente no Opium. Cancelei rapidamente o hamburguer.

Dessa vez, fizemos uma extravagância e resolvemos pedir um combo de petiscos:


  • Harumaki de bacalhau
  • Wong Tong de filé mignon com ganache de camembert
  • Ghioza de confit de canard
  • Camarão empanado com molho barbecue de goiabada
  • Wong Tong de carne de porco com um molho a base de chimichurri

Como prato principal, comi medalhões de filet mignon ao molho de cogumelo paris, acompanhado de rosti de mandioquinha:











Fica aqui registrado que o rosti de mandioquinha foi uma surpresa, mostrou-se muito mais interessante e saboroso do que o rosti de batata que normalmente comemos, o molho estava extremamente saboroso - coisa difícil de ser feita com cogumelos, com exceção do funghi - o filet mignon no ponto corretíssimo de desmanchar na boca... (papai certamente aprovaria).

Depois de tamanha extravagância cheguei no quarto já mais de meia-noite, mas não tive dúvidas em ligar para casa, contar que havia comido até bacalhau (e gostado!!!) e ler o cardápio inteiro com a descrição dos pratos para meu marido. Prá quem tá acostumado a se aventurar com nossas experiências culinárias, aguarde as novidades asiáticas.

Despedi-me do Rio novamente com frio e chuva e agora vou me preparar para duas semanas de Salvador (não me venham de novo com essa de que só vou pegar praia...)

O que acontece quando mamãe tenta fazer Home Office...

O Grude

O Monstro do Cobertor


O Espaçoso






quinta-feira, 16 de julho de 2009

Conspiração do Cosmo - Sistema Integrado II

Não bastasse a passagem pelo fisioterapeuta (que quase não me atendeu, visto que na minha agenda constava que a consulta era hoje e na dele que era amanhã...), no final da tarde eu fui desvirginada....

Calma! Não é nada disso que vocês estão pensando.... É que eu fiz minha primeira Ressonância Magnética.

Sempre fui curiosa sobre como funcionava o esqueminha, então lá fui eu.

Passei pela triagem, preenchi ficha, ganhei fitinha pink no pulso (continuo minha fase mulherzinha) e lá fui para a Sala de Espera 4 onde já havia algumas pessoas na fila.

Preenchi aquelas fichas pré-exames que só faltam perguntar quando você cortou a unha do mindinho do pé pela última vez (ok, eles não perguntam isso, mas já é a segunda vez que tenho que responder se tenho tatuagens, e aí fiquei pensando se o problema podia ser a tinta metálica).

Entrego a prancheta prá mocinha que me olha mortificada e fala com um fiozinho de voz:

- É que a gente está com uma hora e meia de atraso, a senhora já comeu hoje?

Respondo que já e que moro perto do hospital. Ela me manda de volta prá casa e jura que me liga quando tiver faltando 10 minutos pro meu exame começar.

Passada uma hora eu já estava inquieta e começo a ligar pro hospital. Primeiro preciso passar pelos malditos canais de voz e toda vez que chego no último passo.... a ligação cai. Já estou profundamente irritada quando ela me liga perguntando se ainda estou em casa...

- Minha filha, é claro que ainda estou em casa! Você não disse que me ligava a hora que fosse prá eu ir?!

Ok, não fui tão mal educada assim, saí correndo e fui para o hospital.

Você chega, ganha uma chave, calça, camisa, um chinelinho muito engraçado, e um porta aparelho de dentes prá guardar bijuterias, relógios etc. (amei!!!!). Após se trocar, aguarda mais 20 minutos, até uma enfermeira te chamar para mais uma entrevista. Onde dói, o que vc fez, como é a dor, vc tem cachorro? E papagaio? - e eu achando que ela ia me dar os pormenores do exame, conforme explicava a ficha que assinei previamente garantindo saber de todos os riscos (riscos??????) que eu corria no exame e autorizando a injenção de contrastes caso fosse necessário...

- Agora a senhora pode sentar e esperar.... - de novo.... - uma simpática moça acompanhando uma velhinha, engata um papo de porque na televisão está passando Globo News e não a novela....

Finalmente chega minha vez. Sou sentada em uma maca, tiram os simpáticos chinelinhos e uma máquina é posta em volta do meu joelho. Começo em desespero a pensar se o exame seria só isso, assim tão simplesinho... e aquele mega tubo no qual em todos os filmes as pessoas passam mal porque sempre são claustrofóbicas??? Eu não sou, eu quero ver como é o tubo!!!!

Sou devidamente protegida com um cobertor, e uma médica japonesinha que parece ter 15 anos de idade, começa a empurrar a maca pelos corredores e finalmente, em todo o seus esplendor aparece o mega tubo e um teto cheio de estrelinhas!!! (Sim, sim, são aquelas luzinhas de fibra óptica, mas não estraguem o meu encanto).

A médica e o enfermeiro me garantem que o teto não é prá distrair só crianças, é prá todo mundo.
Recebo a "campainha do desespero" (aquela que vc segura na mão prá apertar caso algo aconteça e você queria sair do tubo), uns tampõezinhos no ouvido, recebo ordens de não me mexer e sou enviada para dentro do tubo. Prá minha decepção, como é uma ressonância de joelho a cabeça fica prá fora do tubo, então nem dá prá tentar saber o que é sentir claustrofobia lá dentro.

E aí a coisa começa. Primeiro uma sensação como se estivesse boiando na água. Penso logo:

- É claro! São ondas magnéticas! (hahaha, ok, essa foi péssima, mas eu não podia deixar passar....em homenagem ao meu amigo Murilo)

Parece uma sinfonia. Vários sons, várias notas, vários ritmos e começo a imaginar que se meu pai estivesse lá, iria identificar cada uma das notas, inclusive uma que eu jurei ser um dó de peito, tanto tempo durou... Dava quase prá imaginar o Pavarotti dentro do tubo cantando "La Dona è Mobile", e você ainda tenta associar as notas com as estrelinhas brilhando no teto!!

Também me passou pela cabeça a célebre cena do filme Titanic, com a Céline Dion rasgando o gogó, enquanto a Kate Winslet está na proa do navio com os cabelos ao vento. Tudo isso porque o tempo todo do exame tinha um vento no meu cabelo (Juro que não tomei nada antes do exame! Devem ter sido as ondas eletromagnéticas meeesmo).

Até uma hora que começou a cansar, pois a melodia era sempre a mesma, repetindo de tempo em tempo. O cobertorzinho que me deram não era suficiente pro frio da sala. Não dava prá dormir por causa do barulho e minha perna começava a doer por causa da posição.

Depois de uma hora de zunidos, ventinhos e estrelinhas o exame acabou. Passeio de novo de maca pelos corredores (os caras correm como se estivessem numa corrida de F1!). Acabou e posso ir me trocar. Assim, sem mais nem menos, nada de fantástico ou sobrenatural.

Mas pelo menos o estojinho laranja fofo de aparelho de dente eu pude trazer prá casa!!

Agora só resta esperar pelo resultado do exame...

Epílogo:

- Então mãe, to ligando prá contar da ida ao fisioterapeuta e da ressonância maluca que fui fazer... o médico acha que o problema pode ser a surdez...

- Ressonância na nuca?!?!?! Mas o problema não era no joelho???

Conspiração do Cosmo - Sistema Integrado I

Quem me conhece, sabe que sou consultora de TI e como tal, implanto o sistema integrado conhecido como SAP.

Aquele que parte do princípio de que tudo o que uma área da empresa faz, reflete em algum outro lugar da cadeia e que, portanto, é importante que todos usem um mesmo sistema, onde fiquem guardadas todas as informações da empresa num lugar só.

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Hoje no consultório do fisioterapeuta:

- O que acontece é que vc pisa com mais força do lado direito. Seu joelho cai prá dentro e causa dor. Tem várias explicações do porque cair para o lado direito. Ás vezes pode ser um problema de visão....

- Bom doutor... eu tenho problema de audição... escuto melhor com o ouvido direito...

- Ah! Mas então está explicado. A palmilha vai ajudar muito, o tratamento ortodôntico vc já está fazendo, só falta mesmo vc falar com uma fonoaudióloga, vou indicar uma prá vc.....

Resumo da história.... tudo é um Sistema Integrado....

terça-feira, 14 de julho de 2009

Fábrica de Ilusões

- Foi entregue acima da margem...

- Foi entregue com a qualidade da Fábrica de Ilusões...

- Com o menor número de erros e reclamações por parte do cliente...



mas....



- Vc sabe que não usou a receita padrão, né? Não tinha como defender, então você ficou abaixo da média.... Vc entende, não entende?







domingo, 5 de julho de 2009

Wish List

Em tempos de crise e aperto, nada mais resta do que sonhar, sonhar, sonhar... De repente, aqueles agrados que a gente se faz de vez em quando ou aquele presente surpresa do nada prá pessoa amada, tem que ficar guardados e restritos às datas comemorativas (afinal de contas, pelo menos isso a gente ainda merece!!!) como aniversário, natal etc...

Fico olhando vitrines, sites de lojas e suspirando ou com os olhos vidrados (igual cachorro vendo o frango rodar no forno na frente da padaria), imaginando que em algum momento poderei ter e dar tudo o que desejo.

Mas isso também não significa que a crise tenha sido tão ruim aqui em casa. De fato, ela trouxe várias surpresas agradáveis:

  1. Férias e ainda por cima junto do maridão (isso não acontecia há 5 anos desde a lua-de-mel!!!)
  2. Período sabático longe da empresa devido a escassez de projetos (tempo de recarregar as baterias e poder pensar em novos projetos, ainda que para realizá-los só daqui a alguns anos).
  3. Oportunidade de cuidar da saúde (fazer todos os check-ups anuais, começar a fisioterapia...)
  4. Comprar o apartamento do lado do nosso (totalmente inesperado e principalmente motivo de não poder gastar com mais nada, nunca foi tão prazeroso economizar por causa de uma crise)
  5. Fazer aula de cerâmica (daquelas atividades que a gente sonha fazer e acha que só vai conseguir quando tiver aposentado)
  6. Pensar em babies.... (infelizmente, esse teve que ser postergado com a crise, o tratamento era muito caro....)

Depois de um balanço geral, concluindo que o clima geral é bom, diante de tantos outros passando por uma situação de fato grave por conta da crise, resolvo olhar o lado bom de não poder comprar as coisas que quero agora: exercitar o desejo combinado ao planejamento.

Decidi fazer uma "wish list" composta de duas colunas:

  • Coisas que quero para mim, com o valor anotado ao lado, a cada mês que conseguir economizar um dinheirinho, como prêmio, compro um item da lista (desde que o preço caiba no valor economizado)
  • Coisas que quero dar para os outros: isso vai reduzir imensamente o sofrimento do que dar de presente nas datas especiais!!

Dessa forma, começo aqui a minha lista de desejos:
  1. Apoio pro joelho, apoio pro pescoço e pro notebook e almofada no formato de pimenta(http://www.fom.com.br/)
  2. Massageador pro pé (http://www.polishop.com.br/)
  3. Sessões quinzenais de limpeza de pele (http://www.mizuki.com.br/)
  4. Maxi-cardigã (http://www.roupariamontag.com.br/ - o site ainda está em construção)
  5. Fim de semana em Campos do Jordão (http://www.camposdojordao.com.br/)
  6. Bolsinha de guloseimas prá treinar os dogs (http://www.petdasmeninas.com.br/)
  7. Camisa branca básica (http://www.lacoste.com.br/)
  8. Scarpin preto (http://www.corello.com.br/)
  9. Bolsa de ginástica da Puma (http://www.puma.com.br/)
  10. Balança de peso pro banheiro (http://www.submarino.com.br/)
  11. Repaginação do quarto do casal (http://www.trusseau.com.br/)
  12. Blazer acinturado (http://www.fillity.com.br/)
  13. Ingressos prá Stock Car (ainda bem que os da F1 foram comprados antes da oficialização da crise...)
  14. Calça de abrigo (http://www.hering.com.br/)

Ai, ai, ai.... essa lista já tá grande.....

"Vivo sonhando, sonhando
Mil horas sem fim
Tempo que vou perguntando
Se gostas de mim... "
Tom Jobim




segunda-feira, 29 de junho de 2009

Acampamento da Vovó



Esse final de semana acampamos na casa da minha sogra (eu, meu marido e os três cachorros!!!).

Para eles, pura diversão. É como um parquinho de diversões cheio de novidades! Para nós, um colchão no chão e pouco sono... .

No sábado à noite tínhamos um aniversário e a preocupação de como fazer para que minha sogra pudesse ficar com eles sem reviver o stress de quem já levou mordida de outro cachorro!

Antes de deixá-la de babá da cachorrada, as providências tomadas:

1. Demos banho no pet (com o stress e o frio eles dormem como anjos);
2. Demos comida e esperamos que todos fizessem suas necessidades no tapetinho;
3. Colocamos fralda para evitar pipis em lugares indesejáveis (isso mesmo, igual bebê...)
4. Deixamos o spray de água a postos.

O spray de água é nossa arma oficial contra demonstrações exacerbadas de ciúmes, já que há uma forta disputa entre Bernardo e Loco pela sub-liderança da matilha (a liderança eles tem muito claro que sou eu e meu marido).

Já o Pimpãozinho, muito escolado, se afasta da briga e fica na dele. No meio da confusão ele acaba lucrando o brinquedo e o carinho enquanto os outros dois se engalfinham.

Chegando em casa de madrugada, os quatro dormiam profundamente, minha sogra no sofá e os três amontoados em cima dela.

No final das contas, tivemos um final de semana de muita comilança (a casa de minha sogra é uma mistura de casa de vó com família italiana, todos comem muito, falam muito e gesticulam muito).

Minha sogra se rendeu ao encanto dos "netos" caninos que se comportaram muito bem, e nós nos divertimos saindo um pouco da nossa rotina habitual.

Uma dica para quem curte músicas e gosta de dançar. No sábado à
noite, fomos ao aniversário de um amigo querido no The Clock Rock Bar. Ambiente agradável, clima anos 50 e 60, muito rock'n roll, rockabilly, Elvis e afins com
direito a aulas prá aprender a dançar com meu amigo Giuliano e sua muito
simpática esposa Renata. Muita gente vai a caráter e você se sente realmente
transportado para a época.

http://www.theclock.com.br/

p.s.: ainda bem que dedetizações são feitas apenas duas vezes por ano!!!

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Luto


O cara pode ter virado "freak" total, mas merece uma homenagem póstuma. Fez parte da minha infância, fez parte da minha adolescência, até dancei "Thriller" no ballet. Fica aqui a minha singela homenagem.

Michael, rest in peace...

http://musica.uol.com.br/ultnot/2009/06/25/michael-jackson.jhtm

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Pimpão e as unhas


Então estou em casa de molho... de castigo... (pelo menos não é quarentena de gripe suína como alguns colegas estão tendo que cumprir). Dessa vez foi o barômetro oficial de casa que surtou com a mudança de temperatura (vulgo: meu joelho operado).

Mas aí estou aqui na cama, cercada pelos cachorros e antendendo a eventuais intervenções de minha secretária doméstica.

Numa dessas intervenções, de olhos arregalados ela me avisa: A porta da cozinha está cheia de sangue!!!

A porta da cozinha é a ferramenta utilizada pelos meus cachorros para avisar todos os dias por volta das 6h30 da manhã que eles já dormiram sozinhos o suficiente e que é hora de eles virem para o meu quarto, inclusive aos sábados e domingos.

Após ligeira confabulação, a melhor hipótese eram unhas cortadas muito curtas, hipótese facilmente confirmada ao verificar as patas dele e do Loco (os dois despertadores oficiais da matilha) e com uma rápida ligação para a dona do pet.

Próximo passo: ligar para a veterinária (santa....) prá saber se algo deve ser feito e aí vem as orientações:

1) Coloque sapatinhos (não temos mais, já tivemos para evitar a ingrata tarefa de ficar limpando patas após os passeios... eles odeiam, nós odiamos... cachorros não nasceram para usar sapatos...)

2) Coloque plástico bolha na porta da cozinha (hahahaha.... isso certamente vai impedí-los de arranhar a porta, já que passarão um bom tempo arrancando o plástico, mastigando o plástico e latindo pro plástico para alegria total da vizinhança)

3) Passar pomada cicatrizante (hipótese mais viável, mas a pomada não dura mais de 1 minuto sem ser devidademente lambida por todos, independente de em qual pata ela possa ter sido passada).

Resignada, agradeço a sempre prestativa consulta telefônica e aguardo a unha crescer...